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Lagoa das Sete Cidades



No reino das Sete Cidades, nos Açores, conta a lenda que há muito, muito tempo, aí vivia uma linda princesa, jovem e bondosa.
A princesa gostava muito da vida do campo. Descia montes e vales, deliciava-se com o chilrear dos pássaros. Um dia, avistou ao longe um rebanho e pensou que não tinha pastor. Decidiu aproximar-se para ver o que se passava realmente e, à sombra de uma árvore viu um rapaz deitado a dormir tranquilamente. Ao vê-lo a princesa disse:
- Afinal sempre têm pastor!
Ao ouvir uma voz o rapaz acordou e disse:
- Quem és tu? O que fazes aqui tão sozinha?
- Sou princesa deste reino, ando a passear. Gosto da vida do campo.
A partir daqui, princesa e o pastor continuaram a encontrar-se todos os dias. Com o tempo apaixonaram-se e as notícias destes encontros não tardaram a chegar aos ouvidos do rei. Este desejava casar a filha com um belo príncipe e logo se apressou a chamar a filha e dizer-lhe:
- Não quero que te voltes a encontrar com aquele rapaz…
A princesa pediu para a deixar, pelo menos, despedir-se dele. O rei não queria, mas acabou por ceder. O encontro aconteceu no mesmo sítio onde se tinham conhecido. A princesa disse ao pastor:
- Mais do que nunca
desejava casar-me contigo!
- Eu também, minha princesa e prometo-te que a distância não vai destruir a nossa paixão.
Tristes por se terem de separar, ambos choraram, choraram, choraram e nesse lugar ficaram para sempre duas lagoas: uma azul como os olhos da princesa e outra verde como os olhos do pastor. Ainda hoje, as lagoas continuam unidas a perpetuar aquele amor.

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